FreeLand Zine - número 1 - ano 1

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FreeLand

 · 1 year ago

by André S. Barbosa

Editorial

Bem pessoal, foi dada a largada, aqui começa um plano de muito tempo atrás, a principal função deste zine é servir de meio de informação e principalmente de comunicação entre os seguidores da ética hacker. Vale lembrar que nada descrito aqui terá função de prejudicar alguém, e que toda a responsabilidade de uso de qualquer coisa encontrada aqui é totalmente sua.

Eu não quero saber se você acha que hacker é um adolescente que gosta de brincar com o micro, que hacker deve ser um nerd, que hackear é perda de tempo, que o hacker ético não existe mais etc...Eu quis fazer este zine e ponto final. Existem outros zines bons por aí, isso é legal, mas este aqui não será cópia de nenhum e contará com a ajuda dos que quiserem participar, dentro dos limites já discutidos anteriormente.

Eu espero que as pessoas certas encontrem e curtam muito isso aqui. Eu sou a favor da ética sim. Sem destruição , sem palhaçadas nem criancices. Sou a favor dá técnica, do aprendizado, da irreverência, do bom humor, de tudo o que o velho espírito hacker tem, mas com os pés no chão e sem medo de ser feliz. Enjoy!

Índice

1. Intro - Esclarecimentos Gerais
2. Minha Primeira Vez
3. Eletrônica - TVs por Assinatura
4. Contra-Ataque
5. Linux - dúvidas de instalação
6. Outros zines
7. Links

Esclarecimentos gerais

Bem, esta parte não deveria existir, vc pode indagar, mas há alguns pontos ainda a esclarecer. Se vc encontrar algo por aí parecido com este zine não se espante, será mera coincidência, pois o modo de pensar das pessoas envolvidas com isso tende a ser o mesmo.Se vc encontrar cópias idênticas ao que está escrito aqui não se espante também, tem muita gente que é cara de pau a ponto de fazer download de um texto, mudar duas ou três linhas e colocar o nome no final. Caso vc queira copiar algo daqui para outro site, eu não posso proibir pois o zine é 100% gratuito e será muito legal se vc colocar dá onde o texto veio e o nome de quem fez.

Por enquanto só eu escrevo isso aqui , mas espero que isso mude com o passar dos tempos. Nós próximos números a coisa vai tendendo a melhorar, portanto divulgue para as pessoas interessadas a existência desse zine.

O zine não terá uma periodicidade fixa, pode sair daqui a uma semana, duas ou um mês, depende do material disponível, este primeiro número deveria sair em janeiro, mas como eu sou impaciente resolvi colocar logo. Portanto considere este número 1 - ano 1 como um adiantamento da publicação.

Let's continue.

Minha primeira Vez

Lembro-me quando vi um micro pela primeira vez... era um TK-85 com aquele teclado(teclado?) liso, tipo de pressão, você mandava um plot e ele colocava um quadrado na tela para fazer um ponto, era legal na época, mas ele usava Basic...Minha primeira vez foi melhor com uma mulher mesmo.Tudo bem, depois veio a onda MSX, as coisas começaram a melhorar, continuava escrevendo programas em Basic e me perdendo com joguinhos, eram muitos! Até que resolvi conhecer assembly, comprei o Livro Vermelho, era um Livro legal que tinha as rotinas da bios, uso de interrupções, um monte de coisas, mas não ensinava assembly, a literatura era muito escassa, ou então eu não sabia onde achar, tb não tinha muita grana.

Eu queria fazer um jogo na época, fiz uns em Basic, mas a desgraça era lenta demais, claro nem precisa dizer porquê. Então parti pra fazer o mesmo em assembly, qual minha surpresa? A nave se movia tão rápido que num dava nem pra ver ela direito na tela, que maneiro, tinha até que colocar delays pra coisa ficar jogável.

Hoje não há mais MSX e eu nem tenho mais estes programas, é uma pena, seriam boas lembranças. Agora é a onda PC, Pentium, daqui a pouco o Pentium II e por aí vai. A arquitetura vai mudando, as linguagens, os sistemas operacionas também, mas o espírito continua o mesmo. E isso é o que importa.

Continuaremos sempre enfrentando esses bichos que vão aparecendo e se possível ajudando a criá-los (no Brasil? impossível...). Se não podemos ajudar a criá-los (tb aí já é querer demais né?) vamos fazê-los trabalhar para nós da melhor forma possível, afinal para isso é que foram feitos.

Pra terminar : depois da primeira vez, vc nunca mais quer parar ; )

Eletrônica - TVs por Assinatura

Você conhece a Dinorah? aquela da TVA? Eu não a conheço, mas a programação dá pra quebrar o galho.Quando falo em TV por assinatura aqui, não me refiro às digitas com mini-parabólica tipo a Sky, estas seguem uma tecnologia de ponta, bem mais complexa - o vídeo digital. Mas há outras como a citada no início, que transmite via satélite e em UHF também (UHF= Ultra High Frequency). O esquema de codificação via satélite eu desconheço, o que sei é que eles instalam um decodificador na entrada do teu televisor, este aparelho tem uma EPROM e é microprocessado, logo o processo de codificação/decodificação deve ser mais sinistro.

Em UHF é que vem a moleza...Se vc sintonizar alguns canais na faixa de UHF de seu televisor, notará que em alguns canais o som é perfeito mas o vídeo parece estar em negativo e totalmente fora de sincronia, resumindo: Não dá pra ver po**a nenhuma. (OBS. Poucos canais são transmitidos em UHF pelo que eu sei. Vai depender da sua localidade também).

Isso acontece porquê o sinal de vídeo enviado é invertido. Isto é, a forma de onda do sinal é enviada de cabeça pra baixo (que definição horrível).

Quando este sinal chega á sua TV os pontos pretos da imagem tornam-se brancos e vice-versa, daí o efeito de negativo da imagem. E pra piorar os sinais de sincronismo chegam de cabeça pra baixo impedindo que o receptor de TV os "pegue".

A solução é desinverter o sinal antes de entregá-lo ao televisor. Como se faz isto? Bem aí tem uma solução meio drástica, vc terá que abrir seu TV, não pense nisso se vc não tem experiência prévia! Vc pode tomar um bom choque mesmo com o aparelho desligado, espere outra solução se vc nunca fez isso.

Vc deverá ter de preferência um esquema de seu TV em mão para saber onde está a saída do demodulador de vídeo, um ponto antes do amplificador de saída de vídeo.

Demodulador - - - - - - ->- - - - - - - | abrir aqui | - - - - - - - -Amplificador - - - - - - >-- - - - - Tubo de imagem

Neste ponto vc encaixa um pequeno circuito com um transistor(emissor comum) que será responsável pela inversão do sinal. Este circuito cosiste de um BC548 mais 4 resistores, 1 capacitor, e a alimentação pode ser retirada do próprio TV. Se vc tem experiência com eletrônica, pode fazer isso com um pé nas costas. Pode até chutar valores comuns para os resistores nesta conhecida configuração de emissor-comum. Como vc sabe(ou se não sabe fique sabendo) um transistor em emissor comum(sinal entra pela base , sai pelo coletor, emissor vai ao terra) funciona como um inversor quando polarizado corretamente, então o circuito que vai te custar R$2,00 funciona mole mole.

Vc pode adaptar um sistema para ligar ou não o circuito ao TV, porque senão vc pegará os canais normais de forma invertida, tendeu?

Existe uma solução mais limpa, porém de maior custo e maior trabalho talvez, que seria receber os sinais através de um vídeo cassete, e na saída de vídeo acrescentar o circuito descrito jogando depois a saída do inversor no TV, se este tiver entrada de vídeo, ou num vídeo-link(transmissor sem fio de TV).

No próximo número detalharei melhor os circuitos e esquemas para os menos experientes poderem fazer seus testes, isso não é nenhuma receita milagrosa, exige trabalho e empenho para funcionar.

Contra-Ataque

Você gosta de ler? Se não gosta, é uma pena pois vc não vai aprender muito se não gostar. Ninguém nasce sebendo , então a melhor forma de se manter informado é ler mesmo. Contra-Ataque (Título original: "Take Down") é um livro escrito por John Markoff (jornalista) e Tsutomu Shimomura (especialista em segurança de computadores) e descreve como foi a captura do cracker Kevin Mitnick.Esta é uma história um tanto badalada, mas neste livro vc pode "ouvir" a versão do Tsutomu. Mitnick tem um livro contando a sua versão também, mas parece que não saiu no Brasil, pelo menos eu não vi ainda, quem tiver informações fale.

Este livro é mole de ser encontrado e vc pode aprender um bocado de coisa com ele, principalmente saber o que é um hacker, um cracker, e as atitudes que fazem uma pessoa ser assim. Este livro te dará uma visão bem geral sobre o assunto se é que vc ainda não a tem. Mas não o leia correndo e aceite tudo. Leia calmamente e tenha um espirito crítico para julgar os fatos mostrados, pois é apenas um lado da história.

Linux - dúvidas de instalação

Devido as diversas dúvidas que já vi quanto a instalação do Linux resolvi escrever isto aqui, ás vezes dúvidas simples que deixam as pessoas nervosas, e elas não encontram a explicação que precisam e podem até desistir, se este é seu caso, não desista em hipótese alguma, vale a pena correr atrás. Se vc já tem seu Linux rodando direitinho ou já domina o assunto pode pular esta seção tranquilamente, pois esta parte aqui é só pra ajudar os iniciantes dos iniciantes.

Pra começar, voce não precisa de muito espaço pra instalar o Linux, 100Mb dá e sobra pra vc instalar outros utiliários aplicativos, incluindo o X. Mais 16Mb para a partição de swap será necessário vc desejar.

A maioria das pessoas tem seu HD com uma única partição primária do DOS, ou seja, quase todo mundo tem apenas um drive C: (lógicamente tem o A: (drive de disquete) e D: (opcional - CD-ROM)). Isto é mau, porque para instalar o Linux nos conformes vc precisa colocá-lo numa partição separada, e vc não tem espaço para esta partição. Logo vc terá que fazer back-up de todos seus arquivos importantes, ter a instalação de todos seus programas, um disco de boot do DOS e mandar um format geral no seu HD! Este formatadão geral não é tão rápido assim, vc precisa primeiro rodar o FDISK no DOS e deletar a partição primária (dái pra frente tudo será apagado).

Agora vc cria outra partição primária, só que desta vez vc não usa o tamanho todo do HD para ela! Vc deixa espaço para o seu verdadeiro Sistema Operacional, o Linux. Não crie nenhuma partição para o Linux agora!, partições para o Linux são criadas com o FDISK do Linux. Vc pode criar uma partição extendida se desejar, não há problema algum.

Se vc já tem seu HD particionado, a coisa pode ser mais simples, pois vc pode deletar apenas a unidade lógica do DOS dentro da partição extendida (salvando os dados antes!) e redimensionando seu tamanho. Não há problema em colocar o Linux dentro de uma partição extendida.

Se vc não tem nenhuma partição a mais no seu HD, e não quer ter trabalho formatando e instalando tudo de novo, vc pode tentar usar o Partition Magic, FIPS ou outros programas por aí que modificam as partições de seu HD sem precisar formatá-los, eu nunca usei, mas dizem que funcionam bem, fica a seu critério.

Agindo assim, vc terá agora seu Windows ou DOS rodando direitinho como antes no seu HD, em uma partição, ou em várias, e um espaço do HD *não* particionado, invisível pelo Windows/DOS, no qual vc irá instalar o Linux.

Vc poderá ter o seguinte: supondo um HD de 1Gb.

• a) [ | partição primária C: 884Mb| espaço para o Linux - 116Mb ]
• b) [ | part. prim. C: 500Mb | < part. extend. - 500Mb |unid. lógica D: 384Mb| espaço do Linux -116Mb > ]
• c) [ | part. prim. C: 500Mb | < part. extend. - 500Mb |unid. lógica D: 384Mb|> espaço do Linux -116Mb ]

Vc poderá ter mais unidades lógicas, E: , F: , no entanto não há uma particão para o Linux ainda.

O que é swap¿?

Swap é um espaço de troca, tá legal ... Um espaço de troca é utilizado por um Sistema Operacional para poder fazer troca de páginas de memória ou de programas que não cabem mais na memória principal (RAM). Deixa eu explicar melhor... com um sistema multitarefa, diversos programas podem rodar "simultaneamente" logo se vc tem 4Mb de RAM pode acontecer de toda sua RAM estar repleta de programas ou de páginas dos mesmos. Aí fica um troca troca de programa ser pego da memória para o processador. Cada programa quer tirar sua casquinha do processador ou da CPU, pra ficar uma analogia melhor. Suponha que entra agora um novo programa garanhão na estória e quer ocupar toda a sua RAM e se aproveitar da sua CPU...bem, é aí que entra o swap. que bacanal ! Assim o Sistema Operacional pode enxergar sua área de swap como uma extensão de sua RAM, colocando programas, ou páginas que não estão sendo utilizadas em disco, e tirando programas do disco para memória, uma loucura! Isto é o swap. (swap in e swap out)

Se vc tem muita RAM (16Mb ou mais), pode não querer a área de swap, que pode ser um arquivo ou uma partição, acho que uma partição é melhor. Mas é sempre bom ter a partição de swap.

Bem, daí pra frente vc segue as instruções de instalação da sua distribuição do Linux, ou de um bom livro. Antes, aprenda a usar o FDISK do Linux, que não é difícil, criando sua partição nativa de Linux e a de swap.

Isso vc faz digitando fdisk já dentro do linux, como root, a essa altura vc já fez seu bootdisk e rootdisk. Então vc digita:

• m - para help
• p - para verificar informações de partição de seu HD.
• q - sai sem salvar.
• w - escreve a tabela de partição no disco.
• O resto vc verá no help..cansei.

Obs.

• digite fdisk /dev/hda ( para primeiro disco rígido IDE)
• digite fdisk /dev/hdb ( para segundo disco rígido IDE)
• digite fdisk /dev/sda ( para primeiro disco rígido SCSI) e por aí vai.

Outros zines

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Links

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Atenção

Como sempre... Você está livre para copiar qualquer parte deste zine, mas como boas maneiras se vc for divulgar em outro local coloque de onde vc tirou e o nome do autor, a casa agradece. Por enquanto só eu escrevo isto aqui, mas talvez um dia isto mude... FreeLand Zine: www.infolink.com.br/~andresb - André S. Barbosa